quinta-feira, 14 de abril de 2011

A pílula

As lutas pelo acesso legal á informação sobre o controle da natalidade e os anticoncepcionais, travadas na primeira metade do século XX, por reformadores notáveis como Margaret Sanger, nos Estados Unidos, e Marie Stopes, na Grã-Bretanha agora nos parecem distantes. Os jovens de hoje muitas vezes não acreditam ao ouvir que, nas primeiras décadas do século XX, simplesmente dar informação sobre controle da natalidade era crime. Mas a necessidade estava claramente presente: as elevadas taxas de mortalidade materno-infantil registradas nas áreas pobres das cidades frequentemente estavam em correlação com famílias de classe média já usavam os métodos anticoncepcionais disponíveis na época, e as mulheres da classe operária  ansiavam pelo acesso ao mesmo tipo de informação e de recursos. Cartas escritas para os defensores do controle da natalidade, por mães de famílias numerosas relatavam sua desolação diante de mais uma gravidez indesejada. Na altura da década de 1930, crescia a aceitação pública de controle da natalidade, muitas vezes designado com o  expressão mais aceitável de planejamento familiar, Clínicas e pessoal médicos envolviam-se na prescrição de métodos anticoncepcionais, e as leis, pelo menos em alguns lugares, começaram a ser alteradas. Mesmo onde uma legislação restritiva continuava valendo, os processos tornaram-se menos frequentes, em especial quando as questões ligadas à contracepção eram abordadas de maneira discreta.

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